in Caminhos Metálicos: “Abril foi um dos meses mais complicados para escolhermos o Disco do Mês. Muitos lançamentos de grande qualidade, opiniões muito diversas, mas no fim prevaleceu a média das notas dadas pela equipa (calculada como sabem após retiradas a nota mais alta e mais baixa dada a cada disco).Parabéns aos R.A.M.P. pelo “Insidiously” como Disco do Mês!”.

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R.A.M.P. – “Insidiously” (8.5)

Treze anos depois de “Visions” os R.A.M.P. regressam com “Insidiously”. O nome do álbum associado ao seu lançamento no dia 1 de abril ainda deixou dúvidas nos mais cépticos sobre a veracidade da notícia, que felizmente, não era nenhuma mentira “traiçoeira” daquele que é conhecido como “dia das mentiras”. Verdades, são também, as fissuras emocionais que os diferentes elementos da banda sofreram o logo destes 13 anos, que, consequentemente se reflectiram na estabilidade do colectivo, que sofreu a saída de Paulo, baterista desde a fundação da banda.

Com um line-up renovado, onde ainda permanecem os R’s de sempre: Rui e Ricardo, os R.A.M.P. decidem voltar com um álbum repleto de matizes, de mensagens, de dores, de experiências, de lutas – um álbum que se sente, do princípio ao fim, como se sente a vida.

Ao longo das onze faixas de “Insidiously”, os R.A.M.P. conduzem-nos por um percurso de experiências de vida, que tal como elas, pode ser interpretado de tantas formas quantas as vivências envolvidas. É um álbum que não se esgota na primeira, nem na segunda, nem na terceira audição (se é que alguma vez se esgotará) – um álbum que se poderia chamar “Maturidade” e que vai ele próprio amadurecendo à medida que o escutamos. Pleno de vida, recheado de matizes, e amadurecido pelas perdas, pelas conquistas e pelas lutas que ambas nos despertam, “Insidiously” é um álbum maduro, intenso, emocionalmente agressivo, que só pode ser gostado depois de compreendido.