REVIEW: INSIDIOULSLY (R.A.M.P.) by VIA NOCTURNA [87%]

“Foi difícil. Foi duro. Foi, mesmo, violento. Mas as conquistas assim têm outro sabor. Que o digam os veteranos nacionais R.A.M.P. que, 13 anos após o seu último registo, Visions, regressam com um bombástico e decisivo Insidiously. Construído pela dupla criativa Rui Duarte/Ricardo Mendonça e contando com a estreia do baterista João Gonçalves, Insidiously traz todas as marcas que fizeram dos R.A.M.P. uma referência do metal nacional e internacional. O seu thrash metal tradicional está presente, naquela forma de trabalhar as guitarras a lembrar os seminais Voïvod, mas a vertente do groove metal pesadão também marca pontos. Neste particular soa a metal moderno, mas a questão levanta-se… os R.A.M.P. não foram sempre assim?

Isso significa que, desde sempre, a banda do Seixal esteve à frente do seu tempo. A ponte entre essas duas distintas abordagens (que numa faixa como Back To Scratch traz tanto groove que até nos lembra White Zombie) é feita com uma espetacular balada – Lost – a mostrar o lado emocional deste coletivo de durões. Outro aspeto relevante é a delicada capacidade melódica. Sempre existiu, mas neste disco, temas como Insidiously, Those We Cannot Blame e a já referida balada, são terrivelmente eficazes nesse particular.

A agressividade também está presente, sendo a principal arma de temas como Flesh Of God e The Number One, embora o coletivo consiga sempre adornar essa agressividade com um sofisticado sentimento de destreza técnica, com especial enfâse nas incríveis dinâmicas de bateria. Portanto, para terminar como começámos, esta é uma enorme vitória dos R.A.M.P.. E daquelas que têm um sabor especial! [87%]”

Highlights

Catatonic, Haunted, Insidiously, Lost, Those We Cannot Blame, The Illusion Of Truth